quarta-feira, 26 de março de 2014

Centro de Gravidade


Para cantar a Ti, meu Senhor Jesus, quem me dera ter olhos de águia, coração de criança e uma língua polida pelo silêncio!
Toca meu coração, Senhor Jesus Cristo! Toca-o e verás como vão despertar os sonhos enterrados nas raízes humanas desde o começo do mundo.
Todas as nossas vozes juntam-se diante de tuas portas.
Todas as nossas ondas morrem em tuas praias.
Todos os nossos ventos dormem em teus horizontes.
Os desejos mais recônditos, sem o sabermos, Te exigem e Te invocam.
Os anelos mais profundos buscam-Te impacientemente.
Tu és noite estrelada, música de diamantes, vértice do universo, fogo que brota da pedra.
No lugar em que pousas teu pé chagado, o planeta arde em sangue e ouro.
Caminhas sobre as correntes sonoras e pelos cumes nevados.
Suspiras nos bosques seculares.
Sorris na murta e na giesta.
Respiras nas algas, fungos e líquens.
Por toda a amplidão do universo mineral e vegetal, eu Te sinto nascer, crescer, viver, rir e falar.
Tu és o pulso do mundo, meu Senhor Jesus Cristo!
És Aquele que sempre vem vindo das galáxias longínquas, do centro ígneo da terra, e do fundo do tempo; vens, desde sempre, há milhões de anos-luz.
Em tua fronte, resplandece o destino do mundo e, em teu coração, concentra-se o fogo dos séculos.
Com o coração deslumbrado diante de tanta maravilha, inclino-me para te dizer: Tu serás o rei de meus territórios.
Para Ti será o fogo de meu sangue.
Tu serás meu caminho e minha luz, a causa de minha alegria, a razão de meu existir e o sentido de minha vida.
Minha bússola e meu horizonte, meu ideal, minha plenitude e minha consumação.
Fora de Ti, não há nada para mim.
Para Ti será minha última canção.
Glória e honra para sempre a Ti, Rei dos Séculos!

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